A definição de estrada, de acordo com o dicionário Houaiss, é um caminho que atravessa certa extensão territorial, ligando dois ou mais pontos, através da qual transitam pessoas, animais ou veículos. Pensando sob essa lógica, o Brasil já possuía muitas estradas feitas pelos índios quando os colonizadores portugueses chegaram por aqui. E várias outras foram sendo desbravadas com o passar dos anos, servindo como passagem para cavalos, carruagens e pessoas a pé.
A primeira estrada brasileira pavimentada, no entanto, só foi inaugurada no dia 23 de junho de 1861 pelo imperador Dom Pedro II, ligando Juiz de Fora (MG) a Petrópolis (RJ). Batizada de Estrada União e Indústria, a rodovia tinha 144 quilômetros de extensão por 8 metros de largura e foi feita com mão de obra de colonos alemães que utilizaram o método “macadame”, quando o piso é composto por pequenas pedras que são comprimidas e se encaixam umas nas outras. Desse modo, a superfície regular da estrada permitia que os veículos com tração animal atingissem a incrível e inédita velocidade de 20 km/h.
Além de representar um grande avanço para a engenharia nacional, a União e Indústria foi um marco para a integração dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, facilitando o escoamento da produção cafeeira na região.
E a estrada também deu origem ao primeiro guia de viagens do Brasil, escrito pelo alemão Revert-Henry Klumb, que era fotógrafo do imperador. Editado em 1871, o histórico livro se chama “Doze horas em diligência – guia do viajante de Petrópolis a Juiz de Fora” e descreve toda a viagem com textos e fotos.
Em 1980, mais de um século após sua inauguração, a estrada imperial foi substituída pela atual rodovia Rio-Juiz de Fora.
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