A paixão por caminhão sempre fez parte da vida da caminhoneira, Adriana Bello. Ela que é natural de Videira-SC e hoje mora em Itajaí-SC, falou que desde pequena já sabia que queria ser motorista de caminhão. " Minha vontade de ser caminhoneira é desde pequena, nessa época já trocava minhas bonecas por caminhão de brinquedo", disse.
Mas, o grande exemplo e incentivo do mundo dos motores na vida de Adriana veio do avô materno e dos tios caminhoneiros. Como a única filha mulher seguiu os passos na área administrativa, no entanto, percebeu que o seu mundo era o do transporte até que em 2006 tornou-se caminhoneira. " Desde então fui crescendo profissionalmente e seguindo a profissão", destacou
Ao relembrar o início da carreira Adriana afirmou, " iniciei fazendo rotas entre os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com categoria C, onde fui adquirindo conhecimentos e experiências. Após dois anos, alterei a CNH para a categoria E, e comecei a dirigir carreta e a rodar nas regiões Norte e Nordeste", ressaltou a caminhoneira.
Sobre os desafios da profissão Adriana diz que a insegurança e o preconceito ainda fazem parte da rotina. Mas que se sente feliz em saber que hoje há um número alto de mulheres motoristas de caminhão.
Adriana é casada com o também caminhoneiro, Luciano Bello, e tem dois filhos. " Trabalhei muitos anos juntos com meu marido na região do Mato Grosso até que engravidei do Igor hoje com 6 anos. E depois Deus nos presenteou com mais um filho, o Ian Luis, hoje com 2 anos".
Adriana, com seu espírito de guerreira, ressalta que divide o seu tempo entre a família e a profissão e que nunca parou, mesmo tendo que cuidar dos filhos pequenos. Os filhos a acompanham nas viagens. "Como posso intercalar horários e descarga consigo levar eles nas viagens comigo",
Corajosa, esforçada e dedicada, Adriana garante que é feliz como caminhoneira. Ela supera os obstáculos e segue firme forte na profissão. " Sou feliz nesses 15 anos de profissão. As dificuldades que tive nunca me fizeram desistir. Cada dificuldade se tornava um aprendizado", afirmou.
A caminhoneira atualmente é autônoma, e afirma que com a crise de economia brasileira teve que vender o caminhão que trabalhava, um Volvo n10 ano 1988, e hoje trabalha no caminhão que era do marido, o 112 Scania. E assim Adriana segue na luta desbravando as estradas brasileiras.