A polícia do Canadá disse neste domingo (13) que prendeu parte dos caminhoneiros que bloqueavam uma importante rota comercial na fronteira com os Estados Unidos.
Eles se manifestam contrários às restrições da Covid-19 no país – que exige a apresentação de passaporte de vacina para cruzar a fronteira.
Na véspera, as autoridades entraram em ação para se fazer cumprir uma ordem judicial que liberava a passagem da Ambassador Bridge.
"As ações continuam na área do protesto e prisões estão sendo feitas", escreveu a polícia canadense em um comunicado. "Veículos estão sendo rebocados. Por favor, continuem evitando a área."
Não há, até a última atualização desta reportagem, um balanço oficial das prisões.
No sábado (12), a polícia canadense começou a operação para a retirada dos caminhoneiros que bloqueiam a fronteira com os Estados Unidos em uma manifestação antivacina.
A ponte que liga os dois países está bloqueada há pelo menos cinco dias, e a ação policial começa a ocorrer mais de 12 horas depois que a Justiça ordenou o fim do bloqueio.
A Ambassador Bridge é a passagem de fronteira terrestre mais movimentada da América do Norte. Cerca de 15 caminhões, carros e vans bloquearam o tráfego em ambas as direções
A província de Ontário, no Canadá, declarou estado de emergência nesta sexta-feira (11), em meio aos protestos de caminhoneiros em andamento contra as exigências relacionadas à Covid, disse o governador Doug Ford a repórteres.
"Convocarei uma reunião com outras autoridades legais para decretar urgentemente ordens que deixarão claro que é ilegal e punível bloquear e impedir o movimento de mercadorias, pessoas e serviços ao longo de uma infraestrutura importante.", disse Ford em uma coletiva de imprensa.
Ford também prometeu novas ações legais contra os manifestantes, incluindo multas e possível prisão por descumprimento das ordens do governo.
O governo de Ontário conseguiu por meio judicial impedir o financiamento aos manifestantes do comboio nesta quinta-feira. Uma ordem proíbe qualquer pessoa de usar os milhões de dólares arrecadados por meio da plataforma GiveSendGo.
Uma das preocupações das autoridades é que as manifestações avancem e ganhem mais espaço em outros locais do país.
Um grupo de caminhoneiros se reúne há dias na capital do Canadá e exige o fim das restrições impostas no país para evitar o contágio da Covid-19.
O autointitulado "Comboio da Liberdade", com centenas de motoristas e apoiadores, começou a se manifestar ainda no fim de janeiro contra a exigência do passaporte vacinal para cruzar o país.
Os trabalhadores passam com frequência pela fronteira com os Estados Unidos, e a apresentação do documento é obrigatória tanto para entrar como para sair.
Recentemente, a Ponte do Embaixador, ligação mais importante entre EUA e Canadá, foi bloqueada por manifestantes.
Duas das maiores montadoras do mundo, Ford e Toyota, dizem que a produção está sendo interrompida pelos protestos.
De acordo com seus representantes, as fábricas foram forçadas a fechar porque peças de carros estão sendo retidas em dois pontos de fronteira dos EUA. Estima-se que a interrupção do comércio esteja custando US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) por dia.
O governo canadense repudiou o apoio que deputados do Partido Republicano, dos EUA, vem oferecendo aos manifestantes de Ottawa.
Na segunda, o ministro da Segurança Pública canadense disse que os americanos deveriam "ficar à margem" dos assuntos internos do seu país.
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